Velocistas brasileiros recebem o bronze de Pequim-2008

A equipe masculina do revezamento 4×100 m recebeu nesta quinta-feira (31/10), no Museu do Comitê Olímpico Internacional, em Lausanne, na Suíça, as medalhas de bronze dos Jogos Olímpicos de Pequim-2008. Essa é a 17ª medalha olímpica do atletismo nacional na história. A CAIXA é a patrocinadora oficial do atletismo brasileiro.

O alagoano Bruno Lins, o maranhense José Carlos Moreira (Codó), o amazonense Sandro Viana e o potiguar Vicente Lenílson foram premiados depois de 11 anos de espera.

O terceiro lugar da equipe brasileira foi confirmado no ano passado, após o jamaicano Nesta Carter, ser flagrado nos exames antidoping. O atleta recorreu a Corte Arbitral do Esporte (CAS), mas não foi atendido.

Com a desclassificação oficial da Jamaica, a equipe de Trinidad & Tobago, que havia sido a segunda colocada com 38.06, herdou o primeiro lugar e as medalhas de ouro. O Japão passou de terceiro para segundo, com 38.15. E o quarteto do Brasil, que fez 38.24, melhor resultado naquela temporada, ficou com o bronze.

Os brasileiros subiram ao pódio montado no Museu Olímpico e receberam as medalhas das mãos de Bernard Rajzman, membro do Comitê Olímpico Internacional (COI) e um dos ícones da Geração de Prata do vôlei brasileiro em Los Angeles-1984. Rogério Sampaio, campeão olímpico de judô em Barcelona-1992 e diretor geral do Comitê Olímpico do Brasil também esteve presente.

O clima foi de emoção. “A ficha não havia caído até receber a medalha. Você vê uma história, passa um filme na sua cabeça, vêm as lágrimas. Agora posso dizer que sou reconhecido como um medalhista olímpico”, comentou Bruno Lins. “Em 2008, a Maurren (Maggi) havia sido campeã olímpica do salto em distância e entramos na prova para ganhar uma medalha. Aí veio o quarto lugar, um banho de água fria, que agora está no passado”, completou.

“Este é um dia muito feliz. Tudo que fiz pelo esporte nos últimos 20 anos é recompensado. Sou de Manaus, vendi tudo para chegar aos Jogos Olímpicos. Minha vida mudou. Recebi a notícia da medalha e agora é só emoção”, comentou Sandro Viana.

Já Codó destacou a energia do Museu Olímpico. “A cerimônia foi espetacular. A energia foi superpositiva e me emocionei muito. Não foi num estádio olímpico, mas no Museu do COI. É muita história reunida num só lugar. Estou muito feliz”, concluiu.

Já Vicente Lenílson, que havia sido prata no 4×100 m dos Jogos Olímpicos de Sydney-2000, recebeu a sua segunda medalha olímpica. “É um momento único. Me junto ao grupo restrito de brasileiros com duas medalhas. Só tenho a agradecer a todos que lutaram para que essa justiça fosse feita, como o COB e a CBAt”, comentou.

Esta é a segunda medalha olímpica herdada pelo atletismo do Brasil nos Jogos de Pequim. No revezamento 4×100 m feminino, as brasileiras Lucimar Moura, Rosangela Santos, Rosemar Coelho Neto e Thaissa Presti também ficaram com o bronze após a desclassificação da Rússia. As medalhas foram entregues durante o Prêmio Brasil Olímpico de 2017.

Com Caixa Econômica Federal; Confederação Brasileira de Atletismo (CBAT).

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