Pandemia fez cair renda global o em US$ 3,5 trilhões

As Nações Unidas revelaram que a pandemia causou uma queda da renda global obtida pelo trabalho na ordem de US$ 3,5 trilhões este ano. O resultado reflete a diminuição de 10,7% ocorrida entre janeiro e setembro. 

De acordo com a Organização Internacional do Trabalho, OIT, as perdas arrasadoras na carga horária causadas pelo novo coronavírus criaram essa “grande queda” nos rendimentos de funcionários em todo o mundo. 

Rendimento 

Na análise, a agência aponta que trabalhadores de economias emergentes e em desenvolvimento foram os que mais sofreram com a situação.  

O impacto foi maior em mulheres do que nos homens.  

Em comunicado, o diretor-geral da OIT, Guy Ryder, disse que assim como é preciso redobrar os esforços para combater o vírus, também é necessário “agir com urgência e em escala para superar seus impactos econômicos, sociais e de emprego. Isso inclui o apoio sustentado empregos, empresas e renda”. 

Nas economias de rendimento médio baixo houve uma queda de 15,1%, ou o equivalente a 5,5% do Produto Interno Bruto, PIB, global nos primeiros nove meses de 2019. 

Previsão 

Os cálculos não incluem o apoio à renda através de medidas governamentais, destaca a 6ª. Edição do Monitor da OIT.  

Em termos regionais, as perdas de renda do trabalho atingiram 12,1% nas Américas, o valor mais elevado. Em economias de rendimento médio alto, a perda  é estimada em 11,4% e em 10,1% nos países de baixa renda.  

Estima-se que os trabalhadores em países de rendimento alto tenham sofrido uma queda de até 9%. 

A estimativa do tempo de trabalho global desperdiçado no segundo trimestre deste ano é de 17,3%, o equivalente a 495 milhões de empregos a tempo integral.

Proteção 

Os altos números devem continuar no terceiro trimestre prevendo-se que cheguem a em 12,1%. A percentagem corresponde a 345 milhões de empregos. No último trimestre chegará a 8,6%, que corresponde, a 245 milhões de postos de trabalho de tempo integral.  

Este seria um aumento em relação à estimativa anterior da OIT de 4,9%, ou 140 milhões de empregos em tempo integral. 

Guy Ryder destacou que além de tudo isso, nos locais mais afetados “existem sistemas de proteção social mais fracos, portanto, há poucos recursos ou proteções para os trabalhadores recorrerem.” 

A agência destaca ainda que uma das causas das perdas de horas de trabalho é que funcionários de economias emergentes e em desenvolvimento “particularmente em empregos eventuais foram muito mais afetados em relação às crises anteriores.” Um dos fatores que mais ditou a queda no emprego é a falta de atividade e não tanto o desemprego, o que acarreta implicações de cobertura.

Rigor 

A agência destaca que embora tenha sido relaxado em grande número o encerramento mais rigoroso de locais de trabalho, existem variações significativas entre regiões.  

Por exemplo, 94% dos funcionários ainda estão em economias com algum tipo de restrição de local de trabalho. Outros 32% deles estão em países com fechamentos de todos os locais de trabalho, exceto os considerados essenciais. 

Fonte: ONU News.

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