Covid-19: OMS preocupada com expansão da variante Delta

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, OMS, realçou esta sexta-feira que a melhor maneira de prevenir a evolução de novas variantes do coronavírus é retardar sua transmissão. 

Falando a jornalistas, de Genebra, Tedros Ghebreyesus chamou a atenção para a variante Delta. É a mais transmissível das identificadas até agora e circula em pelo menos 85 países, com uma expansão rápida entre as populações não vacinadas.

Expansão rápida 

O chefe da agência da ONU ressaltou que são esperadas novas variantes e que estas continuarão sendo relatadas por essa ser a atuação de vírus. Mas explicou que a evolução e o surgimento de variantes podem ser evitados travando a transmissão. 

Tedros destacou que a preocupação da OMS tem sido a rápida disseminação, sublinhando que é muito simples a lógica: “mais transmissão, mais variantes. Menos transmissão, menos variantes.” 

Em nível global, a agência notificou 179.686.071 casos confirmados e 3.899.172 mortes. Pelo menos 2.624.733.776 doses foram administradas em todo o mundo.

Saúde pública  

O chefe da OMS declarou que à medida que alguns países aliviam as medidas de saúde pública e sociais, ocorrem aumentos na transmissão. Mais casos significam mais hospitalizações, prejudicando ainda mais profissionais e sistemas de saúde, elevando riscos de morte. 

Para ele, a situação torna ainda mais urgente que sejam usadas as ferramentas já à disposição para prevenir a transmissão, tais como uso adequado e consistente de medidas de saúde pública e sociais, em combinação com o equilíbrio de vacinas. 

O diretor-geral afirmou ainda que a incapacidade do mundo em fornecer vacinas aos países pobres é “um fracasso global” e mais motivo de apreensão.

África 

Para Tedros, a comunidade global está falhando e cometendo os mesmos erros que foram observados com a epidemia de HIV/Aids. 

Comentando uma questão sobre se isso seria causado pela falta de aceitação do imunizante pelas pessoas, ele destacou que “não é hesitação, mas sim falta de vacinas.” 

Tedros diz que a situação se verifica em muitos países de baixa renda, especialmente na África.  

Segundo ele, não é sequer possível falar sobre a entrega ou capacidade de absorção quando não há vacina. 

Fonte: ONU News.

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