Covid: mundo tem 2ª semana consecutiva de queda em casos e mortes

A Organização Mundial da Saúde, OMS, informou que, pela segunda semana consecutiva, houve um declínio global nos casos e mortes por Covid-19. 

Falando a jornalistas em Genebra, o diretor-geral da agência alertou para uma grande discrepância. Em alguns países, com as taxas mais alta de vacinação, parece haver uma impressão de que a pandemia acabou, enquanto outros ainda enfrentam enormes fases de contaminação. 

Preocupação 

Para Tedros Ghebreyesus, a situação continua a ser muito preocupante.  

Ele disse que “a pandemia está muito longe de terminar e não vai acabar em nenhum lugar até que acabe em todos.” 

O chefe da agência contou que novas variantes, sistemas de saúde frágeis, fraca implementação de medidas de saúde pública, falta de oxigênio e do medicamento dexametasona além de vacinas só estão agravando a situação. 

Mas para Tedros, existem soluções disponíveis, como distanciamento físico, uso de máscaras e prevenção de grandes aglomerações.

Resposta 

A OMS está respondendo ao aumento de casos na Índia e em outros pontos críticos. 

Com a demanda tão alta, a agência precisa de financiamento imediato para sustentar seu apoio técnico e operacional a todos os países, especialmente os mais afetados.  

No ano passado, os doadores contribuíram para o Plano Estratégico de Preparação e Resposta, mas em este ano, faltam doações.  

O diretor-geral contou que “a flexibilidade desse financiamento é fundamental”, não apenas para responder às necessidades de emergência, mas para salvar vidas e meios de subsistência. 

Covax 

Nos próximos dias, a inciativa Covax deve atingir a marca de 65 milhões de doses de vacina distribuídas. A estimativa inicial apontava para a distribuição de 170 milhões até este momento.  

Em comunicado, o Fundo da ONU para a Infância, Unicef, informa que quando os líderes do G-7 se reunirem no Reino Unido, no próximo mês, o déficit será próximo de 190 milhões de doses.  

A agência lembra “avisos repetidos sobre os riscos de baixar a guarda e deixar países de baixa e média rendas sem acesso equitativo a vacinas, diagnósticos e terapêuticas.” 

O Unicef está preocupado com a situação na Índia e tema que “seja um precursor do que acontecerá se os avisos não forem atendidos.”  

A agência diz que a situação no país “é trágica, mas não é única”, destacando os casos de países como Nepal, Sri Lanka, Maldivas, Argentina e Brasil.

Obstáculos 

A Índia é ainda um centro global para a produção de vacinas. Como o aumento da demanda interna nas últimas semanas, cerca de 140 milhões de doses destinadas a países de baixa e média renda não foram disponibilizadas para a Covax. Provavelmente, outros 50 milhões de doses serão perdidos em junho.  

O Unicef explica o nacionalismo da vacina, a capacidade de produção limitada e a falta de financiamento como as outras razões para o atraso do lançamento. 

Se todos os países do G-7 e União Europeia doarem 20% das suas doses em junho julho e agosto, 153 milhões de imunizantes ficariam disponíveis.  

O que seria possível fazer sem comprometer a vacina em suas próprias populações. 

Fonte: ONU News.

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