Explosão em Beirute deixou pelo menos 100 mil desempregados

A explosão de 4 de agosto em Beirute deixou cerca de 100 mil pessoas desempregadas, segundo o Programa da ONU para o Desenvolvimento, Pnud.

Deste grupo de afetados fazem parte trabalhadores de restaurantes, hotéis, cafés, aluguel de carros e lojas. Muitos empregados informais ficaram sem o principal meio de sobrevivência.

Subsídios

A agência revelou esta sexta-feira (14) que a prioridade é apoiar a recuperação da proteção social, com o apoio ao retorno de negócios e meios de subsistência nas áreas mais afetadas. Muitas mulheres perderam tudo após a tragédia.

O plano de ajuda do Pnud prevê criar postos de emprego, fornecer subsídios e empréstimos para pequenas e médias empresas. 

Ainda no campo laboral, a Organização Internacional do Trabalho, OIT, criou 100 postos de curto prazo. Cidadãos libaneses e refugiados sírios removem os destroços nas ruas de Beirute como parte do Programa de Infraestrutura Intensiva de Emprego.

Cerca de 8% dos cerca de 300 mil afetados pela explosão eram migrantes, principalmente  da Etiópia, de Bangladesh e das Filipinas. De acordo com a  Organização Internacional para Migrações, OIM, pelo menos 150 trabalhadores migrantes ficaram feridos e 15 morreram.

Prioridade

O diretor-geral da OIM, António Vitorino, disse que enquanto a comunidade internacional impulsiona a resposta às necessidades de centenas de milhares de afetados, não se devem esquecer os migrantes e refugiadas que correm o risco.

A agência da ONU precisa de US$ 10,3 milhões para prestar assistência a mais de 43 mil pessoas, incluindo 25 mil migrantes vulneráveis, 16,5 mil pessoas de comunidades de acolhimento e 2 mil refugiados sírios.

Em relação aos menores de idade, o Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, precisa de US$ 46,7 milhões para apoiar 100 mil crianças. A prioridade será para segurança, reabilitação de serviços básicos, busca de recursos e ferramentas em três meses.

Como parte das atividades em favor da segurança estão cuidados de saúde mental, apoio psicossocial após traumas e proteção da violência de gênero.

A agência quer fornecer suprimentos de higiene e um subsídio de emergência para garantir que as famílias mais vulneráveis atendam as necessidades básicas das vítimas que são menores de idade.

Fonte: ONU News.

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